quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Curiosidade sobre o livro de Ester




O livro de Ester na Bíblia inglesa aparece ao lado de Esdras-Neemias e como livro histórico, porém, na Bíblia hebraica é um dos cinco livros de curta duração (chamado Meguilá) que aparecem nas escrituras Bíblicas.
Nos tempos primitivos a canonicidade deste livro foi questionada, pois, não aparece em seu conteúdo o nome de Deus e por isso não poderia ser considerado Escritura Sagrada.
Nos Manuscritos do Mar Morto não foram encontrados não foi encontrada uma cópia do livro de Ester, porém, isso não significa necessariamente que a comunidade de Quman (Sítio arqueológico localizado na Cisjordânia, a noroeste do Mar Morto onde foram os Manuscritos do Mar Morto) não o considerasse como canônico.
Embora o livro não mencione diretamente o nome de Deus, seria impossível lê-lo sem sentir a providência de Deus operando, na forma de livrar o seu povo do perigo e possibilidade de extermínio.
A rainha Ametris, foi uma das esposas do Rei Assuero, devido a sua beleza recebeu o título de Vasti (em hebraico significa “beleza incomum”), segundo a tradição era mulher de má fama por causa de sua crueldade e sensualidade.
Ametris (Vasti) era neta de Nabucodonosor, rei de Babilônia que destruiu o primeiro Templo e exilou os judeus. Herdou de seu avô um profundo ódio pelos judeus.
Conta à tradição que aos sábados (dia sagrado de descanso para os judeus) ela chamava crianças judias e as forçava a executar trabalhos humilhantes, por isso também ela foi punida no sétimo dia do banquete, que era também o sétimo dia da semana, ou seja, o sábado.
Mas, Ametris, ou Vasti não quis servir de brinquedo para Assuero, seu marido, que embriagado queria alardear a beleza de sua esposa, por isso, não compareceu à presença do Rei quando foi solicitada.
Começava então a provisão divina operando para livrar seu povo de ser exterminado.
Ester tornou-se rainha, teve acesso ao Rei, Mordecai ouviu o plano de assassinato do Rei etc., eventos que não podem ser considerados mera coincidências, mas sim um plano orquestrado por Deus pra proteger o seu povo.
Talvez o nome de Deus não seja mencionado no livro para enfatizar o fato de que mesmo quando não vemos os milagres de forma clara, não significa que Deus não seja o autor do milagre.
A presença oculta de Deus não significa que Ele não esteja cuidando do seu povo.



quinta-feira, 10 de novembro de 2016

As seis armas da Batalha Espiritual de Efésios 6

Paulo se inspirou nas armas militares (em especial nas romanas) de seu tempo. Essas armas figuram nossas armas espirituais, cujas peças formam um todo e no protege envolvendo nosso corpo.
São elas:

1- Cinto da verdade  - O texto literal é “Cingidos com a verdade”. A peça que cinge é o cinto, ou seja, é a peça que prende as roupas à cintura, isso quer dizer, que a nossa roupagem espiritual deve estar bem presa à verdade.
Nos tempos de Paulo, usava-se no armamento romano um cinto para prender a couraça e o restante das roupas. Esse cinto era cheio de pedrinhas semipreciosas e era usado com muito orgulho pelo soldado. Outra finalidade do cinto era prender os pontos dos vestidos, deixando livres as pernas do soldado, que assim, poderia se movimentar com maior agilidade.

2- Couraça da Justiça – Tem a finalidade de proteger o peito. A vida e as atitudes do lutador cristão devem ser permeadas pela justiça, que se une à verdade e vistas de frente pelos inimigos (Is 59.17, 1 Ts 5.8). A couraça protege das setas (flechas) mortais do inimigo. Justiça e verdade andam de mãos dadas.

3- Calçados [...] na preparação do Evangelho – Sapatos são importantes para proteger os pés. Nos tempos romanos, o soldado usava um tipo de sandália com cravos nas solas, que os protegiam de escorregões, dando-lhes maior segurança.
A expressão de Paulo para “calçados na preparação do Evangelho da paz, tem a ver com a segurança da mensagem do Evangelho que pregamos. O Evangelho é o poder – dunamis (grego) – contra as forças do mal.
A palavra “preparação” nos dá a ideia de prontidão, os calçados teriam que oferecer segurança e capacidade de prontidão em momentos inesperados, isto é, sem risco de quedas ou deslizamentos.
Outro termo que se destaca no versículo é “Evangelho”, que significa “Boas Novas”, “Boa Notícia”, o soldado que se calçar com o Evangelho, vai exercer também o papel de mensageiro.
Nessa batalha espiritual, nossos inimigos tentarão arrancar nossos calçados para que não levemos a vitória do Evangelho da paz ao mundo.

4- Escudo da fé – Escudo é arma de defesa contra ataques diretos do inimigo, era preso em um dos braços do soldado, tinha a forma de um prato gigante, que servia para proteger todo o corpo.
Um soldado cristão sem escudo fica vulnerável aos ataques satânicos. O conhecimento da Palavra de Deus forma o escudo da fé, protegendo o cristão contra heresias, sofismas e mentiras diabólicas.
“[…]com o qual podereis apagar todos os dardos inflama­dos do maligno”. Os dardos inflamados eram estopas embebidas em substâncias inflamáveis, que eram presas às flechas e lançadas contra o adversário. Havia naquele tempo, escudos frágeis, feitos de madeira, então os dardos inflamados queimavam o escudo e tornava o corpo do soldado vulnerável para ser atingido.
A fé aqui tem um sentido transcendental, não natural. A confiança em Deus deteriora os poderes malignos.

5- O capacete da salvação – Capacete em grego é perikephalaia, é o que protege a cabeça. Nos tempos antigos os capacetes eram feitos com figuras decoradas de animais ou carrancas para intimidar o adversário ou para representar o usuário do capacete. As figuras usadas no capacete tinham também o objetivo de mostrar a força e inteligência do usuário lutador. O cristão, por sua vez, toma posse do “capacete da salvação” que protege a sua mente e dá segurança à sua vida, pois, se o diabo conseguir atingir a mente do cristão, ele corre o risco de perder a salvação.

6- Espada do Espírito – Havia dois tipos de espadas usadas numa batalha, uma era feita em várias formas ou tamanhos e normalmente em bronze, esse tipo de espada (ziphos), o outro tipo era um pouco mais curta que a ziphos e era usada por gladiadores (machaira), mas o autor não se preocupa com o tamanho, mas, sim com a forma de manusear. A espada é uma arma de ataque, o texto diz que a espada do Espírito é a Palavra de Deus, logo, a Palavra de Deus é uma arma de ataque contra o erro, contra a mentira, etc. Só essa espada pode vencer o diabo e o pecado.
“Os grandes triunfos dos evangelistas se devem ao fato de fazerem muito uso da Palavra de Deus em suas pregações” (G.H. Lacy), os pregadores que usam sutilezas e lógicas modernas, podem convencer o intelecto, mas, não movem o coração, portanto, é a Palavra de Deus a maior arma de defesa e ataque que o crente tem à sua disposição. (Hb 4.12 e 2 Pedro 1.21)
A espada de dois gumes corta em dois sentidos - De um lado ela convence e converte, do outro, ela condena (Salmo 45.3,5). É uma espada que sai da boca de Cristo (Apocalipse 1.16; 19.15). Com a espada nas mãos dos santos (Salmos 149.6), o mundo será convencido do Evangelho, pelo poder (dunamis) da Palavra de Deus – “A ESPADA DO ESPÍRITO” (2 Timóteo 3.16, Hebreus 3.7 e 1 Pedro 1.11)





quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Dicionário Teológico para download

Basta copiar o link e colar no navegador para fazer o download.
 Bom estudo!!


http://www.4shared.com/folder/Y3P4nGcH/dicionrios_bblicos.html


sábado, 29 de outubro de 2016

A origem pagã do Halloween



O nome Halloween vem da celebração do dia de todos os santos dos primórdios da igreja, um dia separado para solenemente lembrar os mártires. All Hallows Eve, na véspera do Dia de todos os Santos, se iniciava o tempo de lembrança. All Hallows Eve foi eventualmente resumido para Hallow-e’em, que então se tornou “Halloween”.
Na medida em que os cristãos se espalharam pela Europa houve um choque com culturas nativas pagãs, confrontando costumes já estabelecidos. Feriados e festivais pagãos estavam tão impregnados em sua realidade que novos convertidos os consideraram pedras de tropeço para sua fé. Para lidar com esse problema, a igreja comumente alterava a data de um feriado cristão para outro ponto do calendário que confrontaria diretamente o feriado pagão. O objetivo era combater a influência pagã e prover uma alternativa cristã, mas o que aconteceu com maior frequência foi a igreja “cristianizar” um ritual pagão – o ritual permanecia pagão, mas misturado com simbolismos cristãos. Foi isso que aconteceu com o Dia de todos os Santos – ele originalmente era a alternativa cristã!

Os povos celtas da Europa e Grã Bretanha eram druidas pagãos e suas maiores celebrações eram marcadas pelas estações do ano. Ao final do ano no Norte Europeu, as pessoas faziam seus preparativos para sobreviver ao inverno, colhendo suas plantações e abatendo os animais mais fracos de seus rebanhos. A vida diminuía de ritmo à medida que o inverno trazia a escuridão (dias mais curtos e noites mais longas), solo infértil e morte. As imagens de morte, simbolizada por esqueletos, crânios e a cor preta, são predominantes nas atuais celebrações do Halloween.
O festival pagão Samhain (pronunciado em inglês “sow” “en”) celebrava o final da colheita, morte e o começo do inverno durante três dias – de 31 de Outubro até 02 de Novembro. Os celtas acreditavam que a cortina que separava os vivos dos mortos se abria durante o Samhain permitindo que os espíritos dos mortos caminhassem entre os vivos – fantasmas assombrando a terra.
Alguns adotavam a temporada de assombrações aderindo a práticas de ocultismo como adivinhação e comunicação com os mortos. Eles consultavam espíritos “divinos” (demônios) e espíritos de seus ancestrais pedindo previsões para as estações do próximo ano, o sucesso de suas plantações e até sobre o sucesso de suas vidas amorosas.
Tentar pegar com a boca, maças boiando dentro de uma tina de água, era uma pratica pagã para predizer as “bênçãos” do mundo espiritual sobre a relação romântica de um casal.
Para outros o foco na morte, ocultismo, adivinhações e a ideia de espíritos retornando para assombrar os vivos, eram combustíveis para superstições e medos. Eles acreditavam que os espíritos estavam presos à terra até que fossem despachados com os devidos deleites – posses, dinheiro, comida e bebida. Espíritos que não haviam sido devidamente saciados iriam enganar (“trick”[1]) aqueles que os haviam negligenciado. O medo de assombrações só aumentava se aquele espírito tivesse sido ofendido durante sua vida “encarnada”.
Acreditava-se que os espíritos “trick-bent” assumissem formas grotescas. Iniciou-se a tradição de acreditar que usar uma fantasia para se parecer com um espírito enganaria a “alma penada”. Outros acreditavam que os espíritos poderiam ser espantados se você esculpisse uma face grotesca em uma abóbora ou outro tipo de raiz (os escoceses usavam nabos, por exemplo) e colocasse uma vela dentro – criando a abóbora de Halloween (em inglês jack-o-lantern).
Nesse mundo sombrio, supersticioso e pagão, Deus fez por sua misericórdia brilhar a luz do evangelho. Novos convertidos ao cristianismo se armaram com a verdade e deixaram de temer assombrações de espíritos que retornariam à terra. Na verdade, eles condenaram suas antigas práticas de espiritismo pagão de acordo com Deuteronômio 18: “Não permitam que se ache alguém entre vocês que… pratique adivinhação, ou dedique-se à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium ou espírita ou que consulte os mortos. O Senhor tem repugnância por quem pratica essas coisas.” (vv. 10-12).

Não obstante, esses novos convertidos tiveram dificuldade para resistir a influência cultural e familiar; eles eram tentados a retomar os festivais pagãos, especialmente o “Samhain”. O Papa Gregório IV reagiu ao desafio do paganismo e alterou a data do Dia de todos os Santos no século nono – A data foi movida para 1º de novembro, bem no meio do Samhain.
Ao passar dos séculos, o Samhain e o Dias de todos os Santos se misturaram. Por um lado, as superstições pagãs deram espaço para superstições “cristianizadas” que promoveram ainda mais medo. As pessoas passaram a acreditar que os espíritos ancestrais dos povos pagãos eram demônios e que os adivinhos eram praticantes de bruxaria e necromancia. Por outro lado, os festivais promoviam uma grande oportunidade para folia. O “doçura ou travessura” se tornou uma oportunidade para grupos de jovens arruaceiros perambularem de casa em casa arrecadando comida e bebida para suas festas. Proprietários avarentos corriam o risco de jovens embriagados praticarem “travessuras” ou “trotes” em suas casas.

O Halloween não se tornou uma celebração americana até a imigração das classes operarias britânicas no final do século XIX. Enquanto os primeiros imigrantes podem ter acreditado em tradições supersticiosas, foi aspecto malicioso desse feriado que atraiu os jovens americanos. Gerações mais novas emprestaram ou adaptaram muitos costumes sem a referência de suas origens pagãs.
Os filmes de Hollywood também incrementaram a “diversão” com muitos personagens fictícios – demônios, monstros, vampiros, lobisomens, múmias e psicopatas. Com certeza isso não tem contribuído com a mentalidade americana, mas com certeza alguém está fazendo muito dinheiro.

A resposta Cristã ao Halloween

Atualmente o Halloween é quase que exclusivamente um feriado americano secular, mas muitos que o celebram não têm ideia de suas origens religiosas ou herança no paganismo.
Isso sem dizer que o Halloween tem se tornado mais salutar. As crianças se vestem com fantasias engraçadas, vagam pela vizinhança em busca de doces e contos de histórias de terror. Por outro lado, os adultos frequentemente se envolvem em atos vergonhosos de bebedeira e devassidão.

Então como devem agir os cristãos?

Primeiramente, os cristãos não devem reagir ao Halloweeen como os pagãos supersticiosos. Pagãos são supersticiosos, cristãos são iluminados pela verdade da Palavra de Deus. Os espíritos e potestades não estão mais ativos no Halloween do que estariam em qualquer outro dia do ano; na verdade, qualquer dia é um bom dia para Satanás perambular à procura de quem devorar (1Pedro 5.8), mas aquele que está em vocês é maior do que aquele que está no
mundo (1João 4.4). Deus tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz (Colossenses 2:15).

Em segundo lugar, os cristãos devem reagir ao Halloween com cautela e sabedoria. Algumas pessoas temem as atividades de satanistas ou bruxos, mas os atos criminosos relacionados a essas práticas são muito poucas. A real ameaça está mais relacionada aos problemas sociais de comportamentos pecaminosos – dirigir alcoolizado, praticar vandalismo e deixar crianças sem supervisão.
Assim como qualquer outro dia do ano, nós cristãos devemos agir como bons mordomos daquilo que temos e protetores de nossas famílias. Os jovens cristãos devem ficar longe de festas de Halloween seculares, já que elas são como terreno fértil para problemas. Pais cristãos podem proteger suas crianças mantendo-as bem supervisionadas e restringir o consumo de guloseimas para aquelas em que se possa averiguar a procedência.

Em terceiro lugar, devemos reagir com a compaixão do evangelho. O mundo incrédulo, que rejeita a Cristo, vive em constante medo da morte. Não é somente a experiência da morte, mas tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus (Hebreus 10.27). Bruxas, fantasmas, e espíritos malignos não são assustadores; A ira de Deus sobre o pecador que não conhece seu perdão; isso sim é realmente assustador.
Os cristãos devem usar o Halloween e tudo que ele traz à imaginação – imagens de morte, superstições, folia exagerada – como uma oportunidade para confrontar o mundo com o evangelho de Jesus Cristo. Deus deu a todos uma consciência que responde as suas verdades (Romanos 2.14-16), e essa consciência é nossa aliada na evangelização. Os cristãos devem investir tempo alimentando a consciência de amigos e familiares com as verdades bíblicas sobre Deus, a palavra, o pecado, Cristo, o julgamento futuro e a esperança na vida eterna em Jesus através do arrependimento dos pecados.
Existem muitas maneiras de se evangelizar durante o Halloween. Alguns irão adotar uma postura de “não participar”. Eles não querem seus filhos participando de situações espiritualmente comprometedoras – ouvindo histórias de fantasmas e colorindo desenhos de bruxas. Eles não querem que seus filhos vistam fantasias e saiam pedindo “doçura ou travessura”, nem mesmo que participem de eventos relacionados ao Halloween.

Essa reação normalmente provoca curiosidade e é uma boa oportunidade para apresentar o evangelho aos curiosos de plantão. Também é fundamental que esses pais expliquem sua postura a seus filhos e os preparem para enfrentar as provocações e piadas de seus colegas que desaprovam essa escolha ou mesmo o desprezo de seus professores.
Outros cristãos vão optar por eventos alternativos como “Festival da Colheita” ou “Comemorações da Reforma Protestante” – com as crianças se vestindo de fazendeiros, personagens bíblicos ou até heróis da reforma protestante. É irônico quando pensamos no Halloween como uma alternativa, mas ele pode ser uma maneira eficiente de alcançar vizinhos e familiares com o evangelho. Algumas igrejas deixam seus templos e realizam ações de impacto em suas comunidades, “adoçando” a vida de pessoas necessitadas com comida, presentes e a mensagem do evangelho.



Essas são boas alternativas; existem outras que não são tão boas. Algumas igrejas estão usando apresentações chamadas “Hell House”, uma estratégia de evangelismo de impacto direcionada a assustar os mais jovens e convencê-los a aceitarem a Cristo. Os jovens passam por diversas salas decoradas que demonstram situações pecaminosas – Mulheres passando por abortos, pessoas sacrificadas em rituais satânicos, consequências negativas do sexo antes do casamento, o perigo de festas “rave”, possessões demoníacas e outras tragédias.

Eis aqui o problema com esse tal de evangelismo “Hell House”: Para chocar uma cultura tão imunda como a atual é necessário ser realmente muito impactante. Demonstrações gráficas ou cênicas do pecado e de suas consequências são desnecessárias – as mentes dos que não creem em Jesus muitas vezes já são dominadas por tais imagens. O que eles precisam ver é a transformação verdadeira de vidas através do poder de Deus, e o que eles precisam ouvir são as verdades de Deus através de uma apresentação fiel do evangelho. Artifícios simplistas não são adequados para o povo de Deus.
Existe ainda mais uma opção aos Cristãos: participação limitada e não comprometedora no Halloween. Não existe nada inerentemente ruim nos doces, fantasias, ou em pedir “doçuras ou travessuras” em suas vizinhança. Na verdade, tudo isso pode promover uma oportunidade única para o evangelismo com seus vizinhos. Até mesmo entregar doces para as crianças que passarem por sua casa – desde que você não seja mesquinho – pode melhorar sua reputação com as crianças. Desde que as fantasias sejam inocentes e as atitudes não desonrem Jesus, o “doçura ou travessura” pode ser usado para a evangelização.

Finalmente, a participação de cristãos no Halloween é uma questão da sua consciência perante Deus. Não importa qual seu nível de participação, você deve honrar a Deus se mantendo separado do mundo e demonstrando misericórdia aos que estão padecendo. O Halloween nos dá a oportunidade de fazer essas duas coisas através do evangelho de Jesus e de sua mensagem que é santa e distinta desse mundo.

Existe outra data do ano em que a mensagem de VIDA contida no evangelho faça tanto sentido?
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Notas:
[1] De “trick or treat,” como é falado em inglês o que é dito “doçuras ou travessuras” em português.

Nota do Tradutor: Talvez o Halloween não faça parte de sua realidade, mas com certeza o Carnaval, as festas Juninas e outros feriados e datas legitimamente brasileiros fazem. Que tal aplicar essas mesmas ideias e conceitos, aproveitando cada oportunidade para transmitir o amor de Cristo e fazer a diferença no mundo?



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Autor: Travis Allen
Fonte: Grace to You
Tradução: Guilherme Andor
Via: Todah Elohim

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Oração - Apostila de estudo (Escola "O chamado")



Deus fala conosco de diversas formas, seja através do louvor, da sua palavra, usando pessoas, enfim, o Pai quando quer falar conosco Ele fala, e nós filhos só temos um jeito de falar com o Pai, através da oração, onde pedimos ao Pai, movidos pelo Espirito Santo e pelo nome de Jesus, quero nesse estudo te ensinar conceitos interessantes e práticos sobre oração, vamos lá?
A Oração é um enigma para muitos que a consideram como algo místico e um problema para outros que têm dificuldade em estabelecer o hábito da oração.
A raiz deste mal está no próprio homem, que possui uma grande tendência para complicar as coisas simplicíssimas ligadas à vida espiritual.
Orar é conversar com Deus, Jesus e com o Espírito Santo; e isto deve ser feito com naturalidade, é um dialogo.

Onde orar? Fala-se com o Pai no lugar onde você está.

Por exemplo:
* Quem está dirigindo: nas rodovias, no trânsito!
* Quem está andando: ora na rua, nos campos!
* Quem está em casa: Ora em casa!
* Quem está na igreja: Ora na igreja!
* Quem está no trabalho: Ora no trabalho!
* Quem está no esporte: ora enquanto o prática!

Resumindo, devemos estar sempre ligados ao Pai, e isto independe do local onde estamos ou de nossa ocupação.

Não nos limitemos pelas muitas palavras e determinações inventadas pelos homens, como sendo necessário para uma oração perfeita.

Perfeita deve ser a nossa comunhão com o Pai, e o desenvolver de uma vida santa e irrepreensível diante do trono.

Veja exemplo de orações na Bíblia:

Princípios de oração.
* O diálogo de Deus com Abraão. Gn 18.17-33
* O Amor do intercessor. Ex 32.11-14, 30-34
* A Palavra de Josué. Js 10.12-14
* Deus demonstra seu poder. Is 36.1 a 37.38
* Deus busca intercessores. Ez 22.30
* Orando e Ensinando. Ef 3.14-21
* Oração e Jejum, resultam em manifestações de poder. At 13.1 a 14.28
* Oração, provando a fé. At 4.1-37
* O Fogo de Deus desce. 2 Cr 6.12-42; 7.1
* Oração contínua, chave de libertação. At 12.1-17
* Oração do Senhor. Mt 6.9-13
* Oração, concordância com a vontade de Deus. 1 Jo 5.14,15
* Orando como Davi, dá-me pureza e alegria Senhor! Sl 51.1-19

“Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva te não apanhe. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel”. (1 Rs 18.42b-45)

A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como “oração” e “orar”, essa atividade é descrita como:

* invocar a Deus (Sl 17.6).
* Invocar o nome do Senhor (Gn 4.26)
* clamar ao Senhor (Sl3.4)
* levantar nossa alma ao Senhor (Sl 25.1)
* buscar ao Senhor (Is 55.6)
* aproximar-se do trono da graça com confiança (Hb 4.16)
*chegar perto de Deus (Hb 10.22).

MOTIVOS PARA A ORAÇÃO

A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de Deus orar.

1. Antes de tudo, Deus ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através:

* dos salmistas (1Cr 16.11; Sl 105.4)
* dos profetas (Is 55.6; Am 5.4,6)
* dos apóstolos (Ef 6.17,18; Cl 4.2; 1Ts 5.17)
* do próprio Senhor Jesus (Mt 26.41; Lc 18.1; Jo 16.24).

Deus aspira à comunhão conosco; mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele.

2. A oração é o elo que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse princípio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial (Lc 11.5-13). Por isso, depois da ascensão de Jesus, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo (At 1.14) até o Espírito Santo ser derramado com poder (At 1.8) no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Quando os apóstolos se reuniram após serem libertos da prisão pelas autoridades judaicas, oraram fervorosamente para o Espírito Santo lhes conceder ousadia e autoridade divina para falarem a palavra dEle.
“E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31).

O apóstolo Paulo frequentemente pedia oração em seu próprio favor, sabendo que a sua obra não prosperaria se os crentes não orassem por ele (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18, 20; Fp 1.19; Cl 4.3,4). Tiago declara inequivocamente que o crente pode receber a cura física em resposta à “oração da fé” (Tg 5.14,15).

3. Deus, no seu plano de salvação da humanidade, estabeleceu que os crentes sejam seus cooperadores no processo da redenção. Em certo sentido, Deus deseja orações santas, de fé e incessantes do seu povo. Muitas coisas não serão realizadas no reino de Deus se não houver oração intercessória dos crentes (ver Êx 33.11).

Por exemplo: Deus quer enviar obreiros para evangelizar. Cristo ensina que tal obra não será levada a efeito dentro da plenitude do propósito de Deus sem as orações do seu povo:

“Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt 9.38).

Noutras palavras, o poder de Deus para cumprir muitos dos seus propósitos é liberado somente através das orações contritas do seu povo em favor do seu reino. Se não orarmos, poderemos até mesmo estorvar a execução do propósito divino da redenção, tanto para nós mesmos, como indivíduos, quanto para a igreja coletivamente.

REQUISITOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

Nossa oração para ser eficaz precisa satisfazer certos requisitos.

1. Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira. Jesus declarou abertamente: “Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis” (Mc 11.24).
Ao pai de um menino endemoninhado, Ele falou assim: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23).
O autor de Hebreus admoesta-nos assim: “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé” (Hb 10.22)
Tiago encoraja-nos a pedir com fé, não duvidando (Tg 1.6; cf. 5.15).
2. Além disso, a oração deve ser feita em nome de Jesus. O próprio Jesus expressou esse princípio ao dizer: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.13,14).
Nossas orações devem ser feitas em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (ver Jo 14.13).
3. A oração só poderá ser eficaz se feita segundo a perfeita vontade de Deus. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1Jo 5.14).
Uma das petições da oração modelo de Jesus, o Pai Nosso, confirma esse fato: “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10; Lc 11.2)
Note a oração do próprio Jesus no Getsêmani, Mt 26.42. Em muitos casos, sabemos qual é a vontade de Deus, porque Ele no-la revelou na Bíblia. Podemos ter certeza que será eficaz toda oração realmente baseada nas promessas de Deus constantes da sua Palavra. Elias tinha certeza de que o Deus de Israel atenderia a sua oração por meio do fogo e, posteriormente, da chuva, porque recebera a palavra profética do Senhor (18.1) e estava plenamente seguro de que nenhum deus pagão era maior do que o Senhor Deus de Israel, nem mais poderoso (18.21-24).
4. Não somente devemos orar segundo a vontade de Deus, mas também devemos estar dentro da vontade de Deus, para que Ele nos ouça e atenda. Deus nos dará as coisas que pedimos somente se buscarmos em primeiro lugar o seu reino e sua justiça (ver Mt 6.33).
O apóstolo João declara que “qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista” (1Jo 3.22).
Obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é eficaz, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em Cristo, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a Deus — tal qual o profeta Elias (Tg 5.16-18; Sl 34.13,14).
O AT acentua este mesmo ensino. Deus tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram eficazes por causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33.17).
Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações (Sl 66.18; ver Tg 4.5 nota). Eis a razão principal por que o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios (Is 1.15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra (2Cr 7.14; cf. 6.36-39; Lc 18.14). Note que a oração do sumo sacerdote pelo perdão dos pecados dos israelitas no Dia da Expiação não seria atendida se antes o seu próprio estado pecaminoso não fosse purificado (ver Êx 26.33).
5. Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes. É essa a lição principal da parábola da viúva importuna (Lc 18.1-7; ver 18.1). A instrução de Jesus: “Pedi... buscai... batei”, ensina a perseverança na oração (ver Mt 7.7,8). O apóstolo Paulo também nos exorta à perseverança na oração (Cl 4.2 nota; 1Ts 5.17). Os santos do AT também reconheciam esse princípio. Por exemplo, foi somente enquanto Moisés perseverava em oração com suas mãos erguidas a Deus, que os israelitas venciam na batalha contra os amalequitas (ver Êx 17.11). Depois de Elias receber a palavra profética de que ia chover, ele continuou em oração até a chuva começar a cair (Ex 18.41-45). Numa ocasião anterior, esse grande profeta orou com insistência e fervor, para Deus devolver a vida ao filho morto da viúva de Sarepta, até que sua oração foi atendida (Ex 17.17-23).

PRINCÍPIOS E MÉTODOS BÍBLICOS DA ORAÇÃO EFICAZ.

1. Quais são os princípios da oração eficaz?
a) Para orarmos com eficácia, devemos louvar e adorar a Deus com sinceridade (Sl 150; At 2.47; Rm 15.11).
b) Intimamente ligada ao louvor, e de igual importância, vem a ação de graças a Deus (Sl 100.4; Mt 11.25,26; Fp 4.6).
c) A confissão sincera de pecados conhecidos é vital à oração da fé (Tg 5.15,16; Sl 51; Lc 18.13; 1Jo 1.9).
d) Deus também nos ensina a pedir de acordo com as nossas necessidades, segundo está escrito em Tiago: deixamos de receber as coisas de que precisamos, ou porque não pedimos, ou porque pedimos com motivos injustos (Tg 4.2,3; Sl 27.7-12; Mt 7.7-11; Fp 4.6).
e) Devemos orar de coração pelos outros, especialmente oração intercessória (Nm 14.13-19; Sl 122.6-9; Lc 22.31,32; 23.34).

2. Como devemos orar?

Jesus acentua a sinceridade do nosso coração, pois não somos atendidos na oração simplesmente pelo nosso falar de modo vazio (Mt 6.7). Podemos orar em silêncio (1Sm 1.13) ou em voz alta (Ne 9.4; Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou usando palavras diretas das Escrituras. Podemos orar com a nossa mente, ou podemos orar através do Espírito (i.e., em línguas, 1Co 14.14-18). Podemos até mesmo orar através de gemidos, i.e., sem usar qualquer palavra humana (Rm 8.26), sabendo que o Espírito levará a Deus esses pedidos inaudíveis. Ainda outro método de orar é cantar ao Senhor (Sl 92.1,2; Ef 5.19,20; Cl 3.16). A oração profunda ao Senhor será, às vezes, acompanhada de jejum (Ed 8.21; Ne 1.4; Dn 9.3,4; Lc 2.37; At 14.23; ver Mt 6.16).

3. Qual a posição apropriada, do corpo, na oração? A Bíblia menciona pessoas orando em pé (8.22; Ne 9.4,5), sentadas (1Cr 17.16; Lc 10.13), ajoelhadas (Ed 9.5; Dn 6.10; At 20.36), acamadas (Sl 63.6), curvadas até o chão (Êx 34.8; Sl 95.6), prostradas no chão (2Sm 12.16; Mt 26.39) e de mãos levantadas aos céus (Sl 28.2; Is 1.15; 1Tm 2.8).

EXEMPLOS DE ORAÇÃO EFICAZ

A Bíblia está cheia de exemplos de orações que foram poderosas e eficazes.

1. Moisés fez numerosas orações intercessórias às quais Deus atendeu, mesmo depois de Ele dizer a Moisés que ia proceder de outra maneira.
2. Sansão, arrependido, orou pedindo uma última oportunidade de cumprir sua missão máxima de derrotar os filisteus; Deus atendeu essa oração ao lhe dar forças suficientes para derrubar as colunas do prédio onde os inimigos estavam exaltando o poder dos seus deuses (Jz 16.21-30).
3. Deus respondeu às orações de Elias em pelo menos quatro grandes ocasiões; em todas elas redundaram em glória ao Deus de Israel (17-18; Tg 5.17,18).
4. O rei Ezequias adoeceu e Isaías lhe declarou que morreria (2Rs 20.1; Is 38.1). Ezequias, reconhecendo que sua vida e obra estavam incompletas, virou o rosto para a parede e orou intensamente a Deus para que prolongasse sua vida. Deus mandou Isaías retornar a Ezequias para garantir a cura e mais quinze anos de vida (2Rs 20.2-6; Is 38.2-6).
5. Não há dúvida de que Daniel orou ao Senhor na cova dos leões, pedindo para não ser devorado por eles, e Deus atendeu o seu pedido (Dn 6.10,16-22).
6. Os cristãos primitivos oraram incessantemente a Deus pela libertação de Pedro da prisão, e Deus enviou um anjo para libertá-lo (At 12.3-11; cf. 12.5 nota). Tais exemplos devem fortalecer a nossa fé e encher-nos de disposição para orarmos de modo eficaz, segundo os princípios delineados na Bíblia.





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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

As dez principais perseguições feitas a Igreja de Cristo no início do primeiro século



Busto do Imperador Romano Nero - Primeiro grande
perseguidor da Igreja de Cristo
A primeira perseguição da Igreja teve lugar no ano 67, sob Nero, o sexto imperador de Roma. Nero deu liberdade aos seus caprichos diabólicos, ordenando que a cidade de Roma fosse incendiada, e enquanto a cidade ardia em chamas, tocava lira e cantava o cântico do incêndio em Troia.
Nero declarou abertamente que desejava a ruína de todas as coisas antes de sua morte.
Nero foi proclamado imperador de Roma aos 17 anos, considerava-se um artista e visionário religioso, mandou executar muitos de seus inimigos, além da perseguição contra a igreja, mandou matar também sua própria mãe, pois essa censurava e fazia muitas críticas a sua amante.
Nero culpou os cristãos, aproveitando a oportunidade para se encher com novas crueldades. Durante a perseguição aos cristãos brutalidades foram cometidas a tal ponto que os próprios romanos foram levados à compaixão.
Nero refinou suas crueldades e inventou todos os tipos de castigos contra os cristãos que pôde inventar sua infernal imaginação.
Alguns cristãos foram costurados em peles de animais silvestres, e lançado aos cães para serem perseguidos até a morte, outros foram vestidos com camisas untadas com cera e amarrados a postes, outros ainda foram incendiados em jardins com o propósito de serem usados como luminárias, isso acontecia por todo o império Romano, foi durante essa perseguição que os Apóstolos Pedro e Paulo foram martirizados.
Foi declarado inimigo público pelo Senado e se suicidou.





Busto do Imperador Domiciano, o segundo
 grande perseguidor da Igreja de Cristo

A segunda perseguição da igreja, sob o comando do Imperador Domiciano ocorreu em 81 d.C., homem inclinado à crueldade, matou primeiramente seu irmão e também a alguns senadores romanos, alguns por maldade e outros por confisco de bens, depois disso mandou matar a todos os pertencentes a linhagem do Rei Davi.
Simeão (Bispo de Jerusalém) foi perseguido por esse imperador e crucificado, o apóstolo João foi fervido em óleo e depois desterrado para a Ilha de Patmos.
Domiciano ditou uma lei dizendo que nenhum cristão, que fosse levado ao tribunal fosse isentado de um castigo até que renunciasse sua religião.
Muitas histórias foram inventadas para culpar os cristãos, a tal ponto que todo tipo de calamidade que ocorresse seria atribuída à culpa aos cristãos.
Movidos pela cobiça, muitos informantes testemunharam falsamente contra a vida de inocentes cristãos, que quando levados aos tribunais eram submetidos a juramentos de provas, e se recusassem a fazer esse juramento, eram então sentenciados a morte, e se confessassem seus “crimes” a sentença era a mesma.
Além do apóstolo João, Timóteo o discípulo do apóstolo Paulo também foi martirizado por Domiciano.
Timóteo foi Bispo de Éfeso, onde governou zelosamente a igreja até 97 d.C., período quando os pagãos estavam para celebrar uma festa chamada Catagogião, Timóteo, opondo-se à procissão, os repreendeu severamente por sua ridícula idolatria, o que exasperou de tal modo a plebe, que o espancou com pedaços de pau de maneira tão terrível que Timóteo faleceu dois dias depois pelo efeito dos golpes.

Busto do Imperador Romano Trajano, terceiro
grande perseguidor da Igreja de Cristo

A terceira perseguição aconteceu sob o Imperador Trajano em 108 d.C., Plínio o jovem, um famoso erudito, movido por compaixão pela matança dos cristãos escreveu a Trajano comunicando-lhe que os muitos cristãos mortos diariamente não haviam feito nada contrário a Lei de Roma, motivo pelo qual não mereciam tamanha perseguição.
Tudo o que eles faziam consistia apenas em reunirem-se em determinado local antes do dia amanhecer e repetirem juntos uma oração composta de honra à Cristo com Deus e em comprometerem-se a não cometer nenhuma maldade, a não cometerem furtos, roubos, adultérios, não serem falsos e não defraudarem ninguém, em seguida eles se separavam e se reuniam novamente mais tarde para partilhar a refeição.
Muitos cristãos nesse período foram entregues às feras para serem devorados, com corpos dilacerados, ruptura dos ossos, dilaceração do corpo.
Muitos cristãos foram crucificados no Monte Ararat, com coroas de espinhos e transpassados com lanças, em imitação à Paixão de Cristo.
O martírio de Faustine e Jovitas, dois irmãos e cidadãos Bresceanos, foi tão grande e tamanha foi a paciência deles que Calocério, um pagão que os contemplava, absorto de admiração exclamou: “Grande é o Deus dos cristãos!”, o que o fez ser preso e padecer a mesma sorte.

Busto do Imperador Adriano, sucessor de Trajano, que diminuiu
um pouco a severidadee cedeu em favor dos cristãos, morreu em 
138 d.C.



Busto do sucessor de Adriano, Antonino Pio,
 um dos mais gentis Monarcas romano, 
Antonino Pio deteve as perseguições 
contra os cristãos



Busto do Imperador Marco Aurélio Antonino,
quarto  perseguidor da Igreja de Cristo em 162 d.C.


Marco Aurélio foi o quarto perseguidor ferrenho da Igreja, no ano de 162 d.C.
Era um homem rígido e severo, foi duro com os cristãos. As crueldades executadas por ele foram tão atrozes que muitos espectadores estremeciam de horror ao assisti-las e ficavam atônitos diante dos valorosos sofredores.
Alguns mártires eram obrigados a passar com os pés já feridos sobre espinhas, pregos, conchas colocadas em ponta; outros eram açoitados até que ficavam à vista seus tendões e veias, e depois de terem sofrido os mais terríveis sofrimentos que pudessem inventar, eram destruídos por mortes terríveis.
Um cristão chamado Germânico, sendo entregue às feras por causa de sua fé, se conduziu tão valorosamente que vários pagãos se converteram ao cristianismo.
Policarpo se escondeu porém, foi descoberto por uma criança, depois de dar de comer aos guardas que o prenderam, pediu a eles que lhe dessem uma hora para orar, o que lhe foi permitido, orou com tamanho fervor que os guardas lamentaram ter que prendê-lo. Policarpo era Bispo de Esmirna, foi condenado, amarrado na estaca e queimado em praça pública, depois de receber a promessa de liberdade se blasfemasse publicamente contra Cristo. Ao ser acesa a fogueira, as chamas rodearam seu corpo como um arco sem tocá-lo, então deram ordem ao carrasco para transpassa-lo com a espada.
A vida dos cristãos primitivos consistia em “perseguição acima do chão e oração embaixo do solo”, suas vidas estão expressas no Coliseu e nas catacumbas que eram ao mesmo tempo, templo e túmulos. A primitiva igreja de Roma poderia ser com razão chamada de Igreja das Catacumbas.
Existem aproximadamente 60 catacumbas em Roma, quando se abriram os sepulcros cristãos os esqueletos contaram sua temível história, pois, encontram-se cabeças separadas do corpo, costelas e clavículas quebradas, ossos calcinados pelo fogo, mas, apesar da terrível história de perseguição que podem ser vistas ali, as inscrições inspiram paz, gozo e triunfo.
Os mais frequentes símbolos cristãos nas paredes das catacumbas são: O pastor com o cordeiro em seus ombros, harpas, âncoras, coroas, videiras e por cima de tudo o peixe.

Busto do Imperador Alexandre Severo, quinto
 perseguidor da Igreja de Cristo

Severo foi o quinto perseguidor da Igreja de Cristo, em 192 d.C., esse imperador foi recuperado de uma grave doença devido aos cuidados de um cristão, chegou a ser um grande favorecedor dos cristãos em geral, porém, fez prevalecer a fúria da multidão, elaborando leis obsoletas contra cristãos, pois, o avanço do cristianismo alarmava os pagãos, e reavivaram a calúnia de imputar aos cristãos as desgraças naturais que sobrevinham, contudo o Evangelho continuava a resplandecer brilhantemente e firme como uma rocha, resistindo com êxito aos ataques dos inimigos.
Tertuliano (que viveu nessa época) informou que se os cristãos tivessem saído em multidão dos territórios romanos, o imperador Severo teria ficado despovoado. Muitos cristãos foram decapitados, outros tiveram breu fervente derramado sobre suas cabeças.
Um oficial do exército romano, chamado Basflides, a quem foi ordenado que assistisse a uma execução, se converteu e ao pedir que ele realizasse certo juramento, ele recusou, dizendo que não podia jurar pelos deuses romanos , pois, já era cristão, foi então arrastado até o juiz e lançado em cárcere, e posteriormente decapitado.
As perseguições se estenderam até a África, muitos cristãos foram martirizados.
Uma mulher de 22 anos, casada, chamada Perpétua e outra de idade avançada chamada Felicitas, que estava em estado avançado de gestação foram aprendidas e conduzidas ao anfiteatro para execução. Ambas foram despidas e lançadas a um touro bravo, que se lançou primeiramente sobre Perpétua, deixando-a inconsciente e depois contra Felicitas, não estavam ainda mortas quando foram liquidadas à espada pelo carrasco.
Cecília foi uma jovem dama de família nobre romana e casada com um cavaleiro chamado Valeriano que convertido ao cristianismo por ela, morreu decapitado, enquanto ela foi lançada nua em um banho fervente, permanecendo por um tempo considerável dentro da água fervente, foi posteriormente decapitada com uma espada em 222 d.C.

Busto de Maximiano, sexto imperador romano
perseguidor da Igreja de Cristo



A sexta perseguição, sob Maximino, o 235 d.C. O 235 d.C. começou, sob Maximino, uma nova perseguição. O governador da Capadócia, Sereiano, fez tudo o possível por exterminar os cristãos daquela província.
As pessoas principais que morreram sob este reinado foram: Pontiano, bispo de Roma; Anteros, um grego, seu sucessor, que ofendeu o governo ao recolher as atas dos mártires. pamáquio e Quirito, senadores romanos, junto com suas famílias inteiras, e muitos outros cristãos: Simplício, também senador; Calepódi, um ministro cristão, que foi lançado no Tíber. Martina, uma nobre e formosa donzela; e Hipólito, um prelado cristão, que foi amarrado a um cavalo indômito, e arrastado até morrer.
Durante esta perseguição, suscitada por Maximino, muitíssimos cristãos foram executados sem juízo, e enterrados indiscriminadamente em montões, às vezes cinquenta ou sessenta lançados juntos numa fossa comum, sem a mais mínima decência.
Ao morrer o tirano Maximino em 238 d.C., o sucedeu Gordiano, e durante seu reinado, assim como o de seu sucessor Felipe, a Igreja esteve livre de perseguições durante mais de dez anos; porém em 249 d.C. desatou-se uma violenta perseguição na Alexandria, por instigação de um sacerdote pagão, sem conhecimento do imperador.

Busto do Imperador Gordiano, sucessor
do Imperador Maximiano, deixou  a
Igreja de Cristo livre  das perseguições 


Busto do Imperador Felipe, sucessor de Gordiano,
monarca que também livrou a Igreja de Cristo
das perseguições.






Busto do Imperador Décio, sétimo perseguidor
da Igreja de Cristo


A sétima perseguição, sob o imperador Décio, em 249 d.C.
Em parte ocasionada pelo aborrecimento que tinha contra o imperador Filipe, que era considerado cristão, e em parte pelo ciúme que tinha do crescimento do cristianismo, pois, nesse período os templos pagãos estavam sendo abandonados e as igrejas cristãs estavam cheias.
Nessa época os cristãos estavam divididos entre si e os interesses próprios dividiam aqueles que deveriam estar unidos pelo amor. O orgulho entrou como um vírus, dando lugar a variedades de facções. Os pagãos ambicionavam colocar em ação os decretos imperais e consideravam o assassinato dos cristãos como um mérito para si mesmo, foram inúmeros mártires nesse período.
Fabiano, bispo de Roma, que antes fora tesoureiro do imperador Felipe, como vingança o decapitou em 20 de janeiro de 250 d.C., Crisóstomo foi metido num saco de couro que continha várias serpentes e escorpiões e em seguida lançado ao mar.
Alguns cristãos foram colocados na “roda de tormento”, outros foram decapitados; espancados com paus até a morte, presos à ganchos e queimados vivos, encarcerados, transpassados com pregos, arrastados pelas ruas, açoitados, queimados com tochas, flagelados, queimados com ferros incandescentes, etc.
A maioria dos erros que foram introduzidos na igreja nesta época surgiram porque colocaram a razão humana em competição com a revelação, mas os teólogos mais capazes demonstraram a falácia desses argumentos e então as opiniões que foram suscitadas foram caladas.

Busto do Imperador Valeriano,
oitavo perseguidor  da Igreja de
 Cristo. Foi um dos mais cruéis
e tirano perseguidor
O imperador Valeriano, em 257 d.C., foi o responsável pela oitava grande perseguição à Igreja de Cristo, teve início em abril de 257 d.C., e durou três anos e seis meses.
As torturas foram as mais variadas e penosas, não se respeitava sexo e nem idade.
Este tirano foi feito prisioneiro mediante uma estratégia feita por Sapor, imperador da Pérsia, que o levou a seu próprio País, tratando-o com a mais inusitada indignidade, fazendo-o ajoelhar-se como o mais humilde escravo e colocando seus pés sobre ele a modo de banquinho quando montava em seu cavalo.
Depois de haver feito de escravo por sete anos, fez com que lhe tirassem os olhos (tinha ele então 83 anos na época), ordenou que o esfolassem vivo e que lhe esfregassem sal na carne, veio a morrer com essas torturas. Assim caiu um dos mais tirânicos imperadores de Roma, e um dos maiores perseguidores dos cristãos, em 260 d.C., sucedeu Gallieno, filho de Valeriano, e durante seu reinado houve poucos mártires, e a igreja gozou de paz durante alguns anos.

Busto do Imperador Aureliano
homem tirano e perseguidor da
Igreja de Cristo que teve um
reinado breve, sendo assassinado
por seus servos

A nona perseguição sob o governo do Imperador Aureliano, 274 d.C.
Os principais que padeceram nesta foram: Felix, bispo de Roma, sendo o primeiro mártir do petulante Aureliano, foi decapitado em 22 de dezembro de 274 d.C.
Sob suas ordens cristãos eram decapitados e torturados, seu reinado foi breve pois, foi assassinado em Bizâncio por seus próprios criados.




Busto do Imperador Diocleciano
Décimo tirano perseguidor da
Igreja de Cristo

O imperador Diocleciano foi o décimo algoz da Igreja de Cristo em 303 d.C.
A comumente chamada era dos mártires foi ocasionada em parte pelo aumento do número de cristãos e por suas crescentes riquezas, e pelo ódio de Gálério, filho adotivo de Diocleciano, estimulado por sua mãe, uma fanática pagã. Não deixou de empurrar o imperador até que lograsse êxito, dando início a perseguição.
O dia fixado para o início da sangrenta obra foi 23 de fevereiro de 303, o dia em que era celebrado a Terminalia. Portas da igreja cristã foi forçada, livros sagrados lançados no fogo, tudo na presença de Diocleciano e Galério, os quais, não satisfeitos em queimar os livros fizeram ruim a igreja, sem deixar rastro, seguido por uma severa ordem de destruição de todas as outras igrejas e livros cristãos, de todas as denominações.
Esse édito ocasionou martírio imediato pois, um atrevido cristão não so o arrancou do lugar onde havia sido pregado mas também execrou o nome do imperador por essa injustiça, o que foi considerado uma provocação e foi o suficiente para atrair a vingança pagã, foi arrastado, torturado e finalmente queimado vivo.
Todos os cristãos foram levados presos e uma vez encarcerados, Galério ordenou em oculto que o palácio imperial fosse queimado para que os cristãos fossem acusados de incendiários, dando assim razão para levar a cabo a perseguição com a maior das severidades, dando início a um sacrifício geral, que ocasionou muitos mártires.
Não era feito distinção de idade e sexo, apenas bastava dizer o nome cristão e se tornava odioso para os pagãos. Muitas casas foram incendiadas e famílias inteiras pereceram sob as chamas, outros com pedras amarradas ao pescoço eram lançadas ao mar.
A perseguição era geral, durante dez anos, sendo impossível determinar o número de mártires.
Potros, fogueira, espadas, adagas, cruzes, veneno, e fome foram as mais variadas formas de martírio cristão.
Uma cidade na Frígia totalmente povoada por cristãos pereceu nas chamas.
Cansados da matança, vários governadores apresentaram diante da corte imperial o inapropriado de tal conduta, por isso cristãos foram eximidos de serem executados, contudo, embora não fossem mortos, era feito de tudo para tornar-lhes a vida miserável, muitos cristãos tinham as orelhas, narizes cortados, o olho direito arrancado, inutilizavam seus membros mediante terríveis deslocações e queimavam suas carnes em lugares visíveis com ferro incandescentes.
O imperador Diocleciano abdicou à coroa imperial e foi sucedido por Constâncio e Galério.
Constâncio era um príncipe de disposição gentil e humana, Galério era cruel e tirano, estes dividiram o império em dois governos.