quarta-feira, 5 de outubro de 2016

As dez principais perseguições feitas a Igreja de Cristo no início do primeiro século



Busto do Imperador Romano Nero - Primeiro grande
perseguidor da Igreja de Cristo
A primeira perseguição da Igreja teve lugar no ano 67, sob Nero, o sexto imperador de Roma. Nero deu liberdade aos seus caprichos diabólicos, ordenando que a cidade de Roma fosse incendiada, e enquanto a cidade ardia em chamas, tocava lira e cantava o cântico do incêndio em Troia.
Nero declarou abertamente que desejava a ruína de todas as coisas antes de sua morte.
Nero foi proclamado imperador de Roma aos 17 anos, considerava-se um artista e visionário religioso, mandou executar muitos de seus inimigos, além da perseguição contra a igreja, mandou matar também sua própria mãe, pois essa censurava e fazia muitas críticas a sua amante.
Nero culpou os cristãos, aproveitando a oportunidade para se encher com novas crueldades. Durante a perseguição aos cristãos brutalidades foram cometidas a tal ponto que os próprios romanos foram levados à compaixão.
Nero refinou suas crueldades e inventou todos os tipos de castigos contra os cristãos que pôde inventar sua infernal imaginação.
Alguns cristãos foram costurados em peles de animais silvestres, e lançado aos cães para serem perseguidos até a morte, outros foram vestidos com camisas untadas com cera e amarrados a postes, outros ainda foram incendiados em jardins com o propósito de serem usados como luminárias, isso acontecia por todo o império Romano, foi durante essa perseguição que os Apóstolos Pedro e Paulo foram martirizados.
Foi declarado inimigo público pelo Senado e se suicidou.





Busto do Imperador Domiciano, o segundo
 grande perseguidor da Igreja de Cristo

A segunda perseguição da igreja, sob o comando do Imperador Domiciano ocorreu em 81 d.C., homem inclinado à crueldade, matou primeiramente seu irmão e também a alguns senadores romanos, alguns por maldade e outros por confisco de bens, depois disso mandou matar a todos os pertencentes a linhagem do Rei Davi.
Simeão (Bispo de Jerusalém) foi perseguido por esse imperador e crucificado, o apóstolo João foi fervido em óleo e depois desterrado para a Ilha de Patmos.
Domiciano ditou uma lei dizendo que nenhum cristão, que fosse levado ao tribunal fosse isentado de um castigo até que renunciasse sua religião.
Muitas histórias foram inventadas para culpar os cristãos, a tal ponto que todo tipo de calamidade que ocorresse seria atribuída à culpa aos cristãos.
Movidos pela cobiça, muitos informantes testemunharam falsamente contra a vida de inocentes cristãos, que quando levados aos tribunais eram submetidos a juramentos de provas, e se recusassem a fazer esse juramento, eram então sentenciados a morte, e se confessassem seus “crimes” a sentença era a mesma.
Além do apóstolo João, Timóteo o discípulo do apóstolo Paulo também foi martirizado por Domiciano.
Timóteo foi Bispo de Éfeso, onde governou zelosamente a igreja até 97 d.C., período quando os pagãos estavam para celebrar uma festa chamada Catagogião, Timóteo, opondo-se à procissão, os repreendeu severamente por sua ridícula idolatria, o que exasperou de tal modo a plebe, que o espancou com pedaços de pau de maneira tão terrível que Timóteo faleceu dois dias depois pelo efeito dos golpes.

Busto do Imperador Romano Trajano, terceiro
grande perseguidor da Igreja de Cristo

A terceira perseguição aconteceu sob o Imperador Trajano em 108 d.C., Plínio o jovem, um famoso erudito, movido por compaixão pela matança dos cristãos escreveu a Trajano comunicando-lhe que os muitos cristãos mortos diariamente não haviam feito nada contrário a Lei de Roma, motivo pelo qual não mereciam tamanha perseguição.
Tudo o que eles faziam consistia apenas em reunirem-se em determinado local antes do dia amanhecer e repetirem juntos uma oração composta de honra à Cristo com Deus e em comprometerem-se a não cometer nenhuma maldade, a não cometerem furtos, roubos, adultérios, não serem falsos e não defraudarem ninguém, em seguida eles se separavam e se reuniam novamente mais tarde para partilhar a refeição.
Muitos cristãos nesse período foram entregues às feras para serem devorados, com corpos dilacerados, ruptura dos ossos, dilaceração do corpo.
Muitos cristãos foram crucificados no Monte Ararat, com coroas de espinhos e transpassados com lanças, em imitação à Paixão de Cristo.
O martírio de Faustine e Jovitas, dois irmãos e cidadãos Bresceanos, foi tão grande e tamanha foi a paciência deles que Calocério, um pagão que os contemplava, absorto de admiração exclamou: “Grande é o Deus dos cristãos!”, o que o fez ser preso e padecer a mesma sorte.

Busto do Imperador Adriano, sucessor de Trajano, que diminuiu
um pouco a severidadee cedeu em favor dos cristãos, morreu em 
138 d.C.



Busto do sucessor de Adriano, Antonino Pio,
 um dos mais gentis Monarcas romano, 
Antonino Pio deteve as perseguições 
contra os cristãos



Busto do Imperador Marco Aurélio Antonino,
quarto  perseguidor da Igreja de Cristo em 162 d.C.


Marco Aurélio foi o quarto perseguidor ferrenho da Igreja, no ano de 162 d.C.
Era um homem rígido e severo, foi duro com os cristãos. As crueldades executadas por ele foram tão atrozes que muitos espectadores estremeciam de horror ao assisti-las e ficavam atônitos diante dos valorosos sofredores.
Alguns mártires eram obrigados a passar com os pés já feridos sobre espinhas, pregos, conchas colocadas em ponta; outros eram açoitados até que ficavam à vista seus tendões e veias, e depois de terem sofrido os mais terríveis sofrimentos que pudessem inventar, eram destruídos por mortes terríveis.
Um cristão chamado Germânico, sendo entregue às feras por causa de sua fé, se conduziu tão valorosamente que vários pagãos se converteram ao cristianismo.
Policarpo se escondeu porém, foi descoberto por uma criança, depois de dar de comer aos guardas que o prenderam, pediu a eles que lhe dessem uma hora para orar, o que lhe foi permitido, orou com tamanho fervor que os guardas lamentaram ter que prendê-lo. Policarpo era Bispo de Esmirna, foi condenado, amarrado na estaca e queimado em praça pública, depois de receber a promessa de liberdade se blasfemasse publicamente contra Cristo. Ao ser acesa a fogueira, as chamas rodearam seu corpo como um arco sem tocá-lo, então deram ordem ao carrasco para transpassa-lo com a espada.
A vida dos cristãos primitivos consistia em “perseguição acima do chão e oração embaixo do solo”, suas vidas estão expressas no Coliseu e nas catacumbas que eram ao mesmo tempo, templo e túmulos. A primitiva igreja de Roma poderia ser com razão chamada de Igreja das Catacumbas.
Existem aproximadamente 60 catacumbas em Roma, quando se abriram os sepulcros cristãos os esqueletos contaram sua temível história, pois, encontram-se cabeças separadas do corpo, costelas e clavículas quebradas, ossos calcinados pelo fogo, mas, apesar da terrível história de perseguição que podem ser vistas ali, as inscrições inspiram paz, gozo e triunfo.
Os mais frequentes símbolos cristãos nas paredes das catacumbas são: O pastor com o cordeiro em seus ombros, harpas, âncoras, coroas, videiras e por cima de tudo o peixe.

Busto do Imperador Alexandre Severo, quinto
 perseguidor da Igreja de Cristo

Severo foi o quinto perseguidor da Igreja de Cristo, em 192 d.C., esse imperador foi recuperado de uma grave doença devido aos cuidados de um cristão, chegou a ser um grande favorecedor dos cristãos em geral, porém, fez prevalecer a fúria da multidão, elaborando leis obsoletas contra cristãos, pois, o avanço do cristianismo alarmava os pagãos, e reavivaram a calúnia de imputar aos cristãos as desgraças naturais que sobrevinham, contudo o Evangelho continuava a resplandecer brilhantemente e firme como uma rocha, resistindo com êxito aos ataques dos inimigos.
Tertuliano (que viveu nessa época) informou que se os cristãos tivessem saído em multidão dos territórios romanos, o imperador Severo teria ficado despovoado. Muitos cristãos foram decapitados, outros tiveram breu fervente derramado sobre suas cabeças.
Um oficial do exército romano, chamado Basflides, a quem foi ordenado que assistisse a uma execução, se converteu e ao pedir que ele realizasse certo juramento, ele recusou, dizendo que não podia jurar pelos deuses romanos , pois, já era cristão, foi então arrastado até o juiz e lançado em cárcere, e posteriormente decapitado.
As perseguições se estenderam até a África, muitos cristãos foram martirizados.
Uma mulher de 22 anos, casada, chamada Perpétua e outra de idade avançada chamada Felicitas, que estava em estado avançado de gestação foram aprendidas e conduzidas ao anfiteatro para execução. Ambas foram despidas e lançadas a um touro bravo, que se lançou primeiramente sobre Perpétua, deixando-a inconsciente e depois contra Felicitas, não estavam ainda mortas quando foram liquidadas à espada pelo carrasco.
Cecília foi uma jovem dama de família nobre romana e casada com um cavaleiro chamado Valeriano que convertido ao cristianismo por ela, morreu decapitado, enquanto ela foi lançada nua em um banho fervente, permanecendo por um tempo considerável dentro da água fervente, foi posteriormente decapitada com uma espada em 222 d.C.

Busto de Maximiano, sexto imperador romano
perseguidor da Igreja de Cristo



A sexta perseguição, sob Maximino, o 235 d.C. O 235 d.C. começou, sob Maximino, uma nova perseguição. O governador da Capadócia, Sereiano, fez tudo o possível por exterminar os cristãos daquela província.
As pessoas principais que morreram sob este reinado foram: Pontiano, bispo de Roma; Anteros, um grego, seu sucessor, que ofendeu o governo ao recolher as atas dos mártires. pamáquio e Quirito, senadores romanos, junto com suas famílias inteiras, e muitos outros cristãos: Simplício, também senador; Calepódi, um ministro cristão, que foi lançado no Tíber. Martina, uma nobre e formosa donzela; e Hipólito, um prelado cristão, que foi amarrado a um cavalo indômito, e arrastado até morrer.
Durante esta perseguição, suscitada por Maximino, muitíssimos cristãos foram executados sem juízo, e enterrados indiscriminadamente em montões, às vezes cinquenta ou sessenta lançados juntos numa fossa comum, sem a mais mínima decência.
Ao morrer o tirano Maximino em 238 d.C., o sucedeu Gordiano, e durante seu reinado, assim como o de seu sucessor Felipe, a Igreja esteve livre de perseguições durante mais de dez anos; porém em 249 d.C. desatou-se uma violenta perseguição na Alexandria, por instigação de um sacerdote pagão, sem conhecimento do imperador.

Busto do Imperador Gordiano, sucessor
do Imperador Maximiano, deixou  a
Igreja de Cristo livre  das perseguições 


Busto do Imperador Felipe, sucessor de Gordiano,
monarca que também livrou a Igreja de Cristo
das perseguições.






Busto do Imperador Décio, sétimo perseguidor
da Igreja de Cristo


A sétima perseguição, sob o imperador Décio, em 249 d.C.
Em parte ocasionada pelo aborrecimento que tinha contra o imperador Filipe, que era considerado cristão, e em parte pelo ciúme que tinha do crescimento do cristianismo, pois, nesse período os templos pagãos estavam sendo abandonados e as igrejas cristãs estavam cheias.
Nessa época os cristãos estavam divididos entre si e os interesses próprios dividiam aqueles que deveriam estar unidos pelo amor. O orgulho entrou como um vírus, dando lugar a variedades de facções. Os pagãos ambicionavam colocar em ação os decretos imperais e consideravam o assassinato dos cristãos como um mérito para si mesmo, foram inúmeros mártires nesse período.
Fabiano, bispo de Roma, que antes fora tesoureiro do imperador Felipe, como vingança o decapitou em 20 de janeiro de 250 d.C., Crisóstomo foi metido num saco de couro que continha várias serpentes e escorpiões e em seguida lançado ao mar.
Alguns cristãos foram colocados na “roda de tormento”, outros foram decapitados; espancados com paus até a morte, presos à ganchos e queimados vivos, encarcerados, transpassados com pregos, arrastados pelas ruas, açoitados, queimados com tochas, flagelados, queimados com ferros incandescentes, etc.
A maioria dos erros que foram introduzidos na igreja nesta época surgiram porque colocaram a razão humana em competição com a revelação, mas os teólogos mais capazes demonstraram a falácia desses argumentos e então as opiniões que foram suscitadas foram caladas.

Busto do Imperador Valeriano,
oitavo perseguidor  da Igreja de
 Cristo. Foi um dos mais cruéis
e tirano perseguidor
O imperador Valeriano, em 257 d.C., foi o responsável pela oitava grande perseguição à Igreja de Cristo, teve início em abril de 257 d.C., e durou três anos e seis meses.
As torturas foram as mais variadas e penosas, não se respeitava sexo e nem idade.
Este tirano foi feito prisioneiro mediante uma estratégia feita por Sapor, imperador da Pérsia, que o levou a seu próprio País, tratando-o com a mais inusitada indignidade, fazendo-o ajoelhar-se como o mais humilde escravo e colocando seus pés sobre ele a modo de banquinho quando montava em seu cavalo.
Depois de haver feito de escravo por sete anos, fez com que lhe tirassem os olhos (tinha ele então 83 anos na época), ordenou que o esfolassem vivo e que lhe esfregassem sal na carne, veio a morrer com essas torturas. Assim caiu um dos mais tirânicos imperadores de Roma, e um dos maiores perseguidores dos cristãos, em 260 d.C., sucedeu Gallieno, filho de Valeriano, e durante seu reinado houve poucos mártires, e a igreja gozou de paz durante alguns anos.

Busto do Imperador Aureliano
homem tirano e perseguidor da
Igreja de Cristo que teve um
reinado breve, sendo assassinado
por seus servos

A nona perseguição sob o governo do Imperador Aureliano, 274 d.C.
Os principais que padeceram nesta foram: Felix, bispo de Roma, sendo o primeiro mártir do petulante Aureliano, foi decapitado em 22 de dezembro de 274 d.C.
Sob suas ordens cristãos eram decapitados e torturados, seu reinado foi breve pois, foi assassinado em Bizâncio por seus próprios criados.




Busto do Imperador Diocleciano
Décimo tirano perseguidor da
Igreja de Cristo

O imperador Diocleciano foi o décimo algoz da Igreja de Cristo em 303 d.C.
A comumente chamada era dos mártires foi ocasionada em parte pelo aumento do número de cristãos e por suas crescentes riquezas, e pelo ódio de Gálério, filho adotivo de Diocleciano, estimulado por sua mãe, uma fanática pagã. Não deixou de empurrar o imperador até que lograsse êxito, dando início a perseguição.
O dia fixado para o início da sangrenta obra foi 23 de fevereiro de 303, o dia em que era celebrado a Terminalia. Portas da igreja cristã foi forçada, livros sagrados lançados no fogo, tudo na presença de Diocleciano e Galério, os quais, não satisfeitos em queimar os livros fizeram ruim a igreja, sem deixar rastro, seguido por uma severa ordem de destruição de todas as outras igrejas e livros cristãos, de todas as denominações.
Esse édito ocasionou martírio imediato pois, um atrevido cristão não so o arrancou do lugar onde havia sido pregado mas também execrou o nome do imperador por essa injustiça, o que foi considerado uma provocação e foi o suficiente para atrair a vingança pagã, foi arrastado, torturado e finalmente queimado vivo.
Todos os cristãos foram levados presos e uma vez encarcerados, Galério ordenou em oculto que o palácio imperial fosse queimado para que os cristãos fossem acusados de incendiários, dando assim razão para levar a cabo a perseguição com a maior das severidades, dando início a um sacrifício geral, que ocasionou muitos mártires.
Não era feito distinção de idade e sexo, apenas bastava dizer o nome cristão e se tornava odioso para os pagãos. Muitas casas foram incendiadas e famílias inteiras pereceram sob as chamas, outros com pedras amarradas ao pescoço eram lançadas ao mar.
A perseguição era geral, durante dez anos, sendo impossível determinar o número de mártires.
Potros, fogueira, espadas, adagas, cruzes, veneno, e fome foram as mais variadas formas de martírio cristão.
Uma cidade na Frígia totalmente povoada por cristãos pereceu nas chamas.
Cansados da matança, vários governadores apresentaram diante da corte imperial o inapropriado de tal conduta, por isso cristãos foram eximidos de serem executados, contudo, embora não fossem mortos, era feito de tudo para tornar-lhes a vida miserável, muitos cristãos tinham as orelhas, narizes cortados, o olho direito arrancado, inutilizavam seus membros mediante terríveis deslocações e queimavam suas carnes em lugares visíveis com ferro incandescentes.
O imperador Diocleciano abdicou à coroa imperial e foi sucedido por Constâncio e Galério.
Constâncio era um príncipe de disposição gentil e humana, Galério era cruel e tirano, estes dividiram o império em dois governos.





4 comentários:

  1. É incrível como a história se repete, o ser humano vive sua época fazendo todas as atrocidades que imagina ou inventa e se vai, depois o perseguido passa a ser perseguidor e parece que o que aconteceu lá atrás não serve de exemplo e vem mais intolerância.

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  2. Grande esclarecimento das atrocidades praticadas contra os cristãos na época do Império Romano !
    DEUS NÃO DEIXARÁ ISSO BARATO !

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  3. Infelizmente foi isso que aconteceu.
    Obrigado por compartilhar esse conteúdo.

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