quinta-feira, 10 de novembro de 2016

As seis armas da Batalha Espiritual de Efésios 6

Paulo se inspirou nas armas militares (em especial nas romanas) de seu tempo. Essas armas figuram nossas armas espirituais, cujas peças formam um todo e no protege envolvendo nosso corpo.
São elas:

1- Cinto da verdade  - O texto literal é “Cingidos com a verdade”. A peça que cinge é o cinto, ou seja, é a peça que prende as roupas à cintura, isso quer dizer, que a nossa roupagem espiritual deve estar bem presa à verdade.
Nos tempos de Paulo, usava-se no armamento romano um cinto para prender a couraça e o restante das roupas. Esse cinto era cheio de pedrinhas semipreciosas e era usado com muito orgulho pelo soldado. Outra finalidade do cinto era prender os pontos dos vestidos, deixando livres as pernas do soldado, que assim, poderia se movimentar com maior agilidade.

2- Couraça da Justiça – Tem a finalidade de proteger o peito. A vida e as atitudes do lutador cristão devem ser permeadas pela justiça, que se une à verdade e vistas de frente pelos inimigos (Is 59.17, 1 Ts 5.8). A couraça protege das setas (flechas) mortais do inimigo. Justiça e verdade andam de mãos dadas.

3- Calçados [...] na preparação do Evangelho – Sapatos são importantes para proteger os pés. Nos tempos romanos, o soldado usava um tipo de sandália com cravos nas solas, que os protegiam de escorregões, dando-lhes maior segurança.
A expressão de Paulo para “calçados na preparação do Evangelho da paz, tem a ver com a segurança da mensagem do Evangelho que pregamos. O Evangelho é o poder – dunamis (grego) – contra as forças do mal.
A palavra “preparação” nos dá a ideia de prontidão, os calçados teriam que oferecer segurança e capacidade de prontidão em momentos inesperados, isto é, sem risco de quedas ou deslizamentos.
Outro termo que se destaca no versículo é “Evangelho”, que significa “Boas Novas”, “Boa Notícia”, o soldado que se calçar com o Evangelho, vai exercer também o papel de mensageiro.
Nessa batalha espiritual, nossos inimigos tentarão arrancar nossos calçados para que não levemos a vitória do Evangelho da paz ao mundo.

4- Escudo da fé – Escudo é arma de defesa contra ataques diretos do inimigo, era preso em um dos braços do soldado, tinha a forma de um prato gigante, que servia para proteger todo o corpo.
Um soldado cristão sem escudo fica vulnerável aos ataques satânicos. O conhecimento da Palavra de Deus forma o escudo da fé, protegendo o cristão contra heresias, sofismas e mentiras diabólicas.
“[…]com o qual podereis apagar todos os dardos inflama­dos do maligno”. Os dardos inflamados eram estopas embebidas em substâncias inflamáveis, que eram presas às flechas e lançadas contra o adversário. Havia naquele tempo, escudos frágeis, feitos de madeira, então os dardos inflamados queimavam o escudo e tornava o corpo do soldado vulnerável para ser atingido.
A fé aqui tem um sentido transcendental, não natural. A confiança em Deus deteriora os poderes malignos.

5- O capacete da salvação – Capacete em grego é perikephalaia, é o que protege a cabeça. Nos tempos antigos os capacetes eram feitos com figuras decoradas de animais ou carrancas para intimidar o adversário ou para representar o usuário do capacete. As figuras usadas no capacete tinham também o objetivo de mostrar a força e inteligência do usuário lutador. O cristão, por sua vez, toma posse do “capacete da salvação” que protege a sua mente e dá segurança à sua vida, pois, se o diabo conseguir atingir a mente do cristão, ele corre o risco de perder a salvação.

6- Espada do Espírito – Havia dois tipos de espadas usadas numa batalha, uma era feita em várias formas ou tamanhos e normalmente em bronze, esse tipo de espada (ziphos), o outro tipo era um pouco mais curta que a ziphos e era usada por gladiadores (machaira), mas o autor não se preocupa com o tamanho, mas, sim com a forma de manusear. A espada é uma arma de ataque, o texto diz que a espada do Espírito é a Palavra de Deus, logo, a Palavra de Deus é uma arma de ataque contra o erro, contra a mentira, etc. Só essa espada pode vencer o diabo e o pecado.
“Os grandes triunfos dos evangelistas se devem ao fato de fazerem muito uso da Palavra de Deus em suas pregações” (G.H. Lacy), os pregadores que usam sutilezas e lógicas modernas, podem convencer o intelecto, mas, não movem o coração, portanto, é a Palavra de Deus a maior arma de defesa e ataque que o crente tem à sua disposição. (Hb 4.12 e 2 Pedro 1.21)
A espada de dois gumes corta em dois sentidos - De um lado ela convence e converte, do outro, ela condena (Salmo 45.3,5). É uma espada que sai da boca de Cristo (Apocalipse 1.16; 19.15). Com a espada nas mãos dos santos (Salmos 149.6), o mundo será convencido do Evangelho, pelo poder (dunamis) da Palavra de Deus – “A ESPADA DO ESPÍRITO” (2 Timóteo 3.16, Hebreus 3.7 e 1 Pedro 1.11)





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