quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Uma maldição chamada “falta de perdão”

É ela que dá origem à raiz de amargura que traz destruição e contamina a alma, destruindo os relacionamentos daqueles que se negam a perdoar. Se você ficar remoendo o passado, lembrando-se constantemente do que, ou de quem lhe magoou, estará alimentando o ressentimento e abrindo uma ferida ainda maior. Quando a pessoa não perdoa, ela não pode, de forma alguma, desfrutar plenamente das promessas que Deus tem preparado para ela. Isso acontece porque a falta de perdão aprisiona a pessoa no mundo espiritual. Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete. Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse (Mateus 18:21-25). Todavia, aquele servo, saindo da presença do seu rei, encontrou-se com um dos seus conservos e a este não lhe perdoou uma dívida de cem denários, lançando-o na prisão. O senhor daqueles dois, ao saber do acontecido, mandou que chamassem o servo malvado. Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia (Mateus 18:32-34). O rei ficou revoltado com a atitude daquele homem. E o fim reservado àquele que se negou a perdoar foi este. A palavra verdugo vem do latim e, literalmente, quer dizer: a vara verde usada como açoite. Essa palavra define o carrasco que se utilizava da vara para surrar os criminosos, torturando-os. Por falta de perdão o servo malvado foi entregue aos verdugos. Assim acontece conosco quando nos negamos a perdoar, somos entregues aos açoites. Todo aquele que não libera o perdão fica entregue aos açoites. Todo aquele que não libera o perdão fica entregue aos açoites. Todo aquele que não libera o perdão fica entregue ao flagelo de uma vida afastada de Deus, entregue ao carrasco que lhe infligirá maus tratos, deixando marcas de amargura, de ansiedade, de melancolia e solidão. Essas pessoas geralmente têm grande dificuldade de relacionamento, porque sua alma tornou-se prisioneira. Essas não são apenas palavras de amedrontamento, são, sim, o ressoar das palavras de Jesus: Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas (Mateus 18:35). Tanto o servo quanto o conservo foram parar na prisão. Do mesmo modo, quando não liberamos o perdão, estamos aprisionando a pessoa e nos tornando prisioneiros dela, cativos do nosso arqui-inimigo, o diabo. Jesus nos perdoou uma dívida que jamais poderíamos pagar. Na cruz, Ele levou todos os nossos pecados. Da mesma forma, o Senhor Jesus espera que perdoemos aos nossos devedores. Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também (Colossenses 3:12-13). A falta de perdão induz a pessoa a sentimentos de inferioridade, de rejeição e tantos outros que a farão melancólica e infeliz. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo (Efésios 4:31-32). Temos um caminho a percorrer, e nessa caminhada muita gente leva consigo uma sacola, na qual vai depositando as pedras que lhe são atiradas. Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave (Efésios 5:1-2). Essa sacola se torna cada vez mais pesada e as pessoas passam a andar até mesmo encurvadas pelo peso dela. Na verdade, devemos fazer o nosso percurso sem carregar nenhuma sacola, pois assim não acumularemos peso em nossa vida. As pedras são as ofensas e a sacola é a falta de perdão. Quando vamos acumulando mágoas pela falta de perdão, nossa vida se torna pesada, morosa e sem motivação. Use as pedras que lhe forem atiradas para construir um belo castelo, o castelo de amor, do perdão, da paciência, da longanimidade, da paz e da alegria. Enfeite-o com as flores da perseverança, da experiência e da esperança. Protegendo esse castelo com a fé, você estará livre para viver uma vida abundante, repleta das ricas bênçãos de Deus. Talvez você esteja sofrendo pela terrível falta de perdão. Talvez até queira perdoar, mas não consegue. Você sofre com isso, mas toda vez que pensa nessa situação a única coisa que consegue é se afligir ainda mais e se sentir ainda mais “pesado”. O que fazer, então, para montar uma armadilha e pegar essa maldição tão astuta e embusteira? É imprescindível que você troque os murmúrios mentirosos de satanás pela verdade libertadora de Deus. O diabo diz: “Foi o fulano que o feriu; não perdoe. É ele quem deve lhe procurar e fazer o conserto”. E quanto mais você pensa sobre o ocorrido, mais ainda você fica amargurado e sem alento para convívio social, porque está preso àquela pessoa a quem você ainda não conseguiu perdoar. Mas Deus lhe fala: Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão (Lucas 6:37). A Palavra de Deus é poderosa e enfática em toda a sua essência. E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas (Marcos 11:25). A falta de perdão impede que tanto as bênçãos quanto o perdão de Deus fluam em nossa vida. O perdão não é um sentimento e, sim, uma ordem de Deus e uma atitude de fé: “Perdoai-vos mutuamente.” A falta de perdão é um pecado, pois infringe uma lei do Senhor. A pessoa que não libera o perdão permite que essa maldição destrua o seu potencial, seus dons, suas habilidades, sua vida. Você precisa perdoar às pessoas que o magoaram, que o feriram. Perdoar não é esquecer, mesmo porque a mente humana é como um computador e tudo o que acontece conosco fica registrado nela para sempre. Só Deus esquece, só Ele, que é perfeito, tem a capacidade de se esquecer para sempre dos nossos pecados, quando confessados: Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, E de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais (Hebreus 8:12). É preciso discernir entre a lembrança mental e a emocional. Se você se lembrar de uma ofensa e ela ainda lhe trouxer sofrimento, é porque você ainda não conseguiu perdoar. Porém se, ao se lembrar da ofensa, ela não lhe provocar nenhum efeito negativo, com certeza você liberou o perdão. Perdoar é não levar em conta a ofensa sofrida, é não fazer cobrança à pessoa que o feriu, é não mexer na ferida, é não expô-la novamente, é não permitir que ela cause mal-estar a você e a todos os que tomaram conhecimento do fato. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem (Hebreus 12:14-15). Perdoe, perdoe sempre. A raiz da amargura só cresce no terreno que é adubado pela falta de perdão. E essa raiz de amargura contamina você e todos os que estão à sua volta. Não deixe que essa raiz se entranhe na sua alma e abra fendas no seu interior. A partir de agora libere o perdão! Ofereça ao seu ofensor uma página em branco, porque nela Deus escreverá um lindo poema, e essa poesia, escrita pela inspiração divina, se cumprirá em sua vida. Livre-se de todo o embaraço. Não permita que o diabo lhe sopre mentiras. Se ele massagear o seu ego dizendo: “Mas o que é isto? Você é uma pessoa muito boa, boníssima! Já perdoou o fulano tantas vezes que nem se pode contar. Agora ele precisa é de castigo e, não, de perdão. Não seja bobo!” Eu o exorto a fazer como Jesus: Vencer o diabo com a Palavra. Rebata esse engano. Por tudo, Jesus não nos instrui a orar assim: “Pai, eu quero cura para o meu corpo. Eu quero um emprego...” Todas essas coisas nos são dadas gratuitamente quando o nosso coração está repleto de perdão. Foi por esse motivo que Ele nos ensinou a orar. Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém (Mateus 6:9-13). Quando somos perdoadores, atraímos todas as bênçãos do Senhor sobre nós. O perdão nos torna parecidos com Deus, porque perdoar é amar, e Deus é amor. Algumas pessoas querem operar os mesmos milagres que Jesus. Então tomam posse da Palavra que diz: Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai (João 14:12). Mas ignoram a Palavra que diz: Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade (1 João 2:4). Elas dizem que conhecem Jesus, mas se tornam mentirosas quando se nega a obedecer aos seus mandamentos, e um deles é o perdão. Crer em Deus não se limita a acreditar na sua experiência, mas principalmente em lhe ser obediente. O Senhor quer que tenhamos intimidade com Ele para que do nosso interior fluam rios de água viva. Crer é o mesmo que ter confiança. E quem confia, obedece. Por isso Jesus falou: Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre (João 7:38). A falta de perdão é essa maldição astuta que teima em tirar o nosso pleno relacionamento com o Senhor.

Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. (Mateus 6:14-15)

Fonte: Sê tu uma bênção

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