terça-feira, 15 de julho de 2014

TIPOS DE ORAÇÃO



Os reflexos da batalha espiritual interferem diretamente no plano físico (natural). Nesta batalha muitos personagens participam: Deus, seus anjos, satanás, demônios, feiticeiros e é claro, os crentes em Jesus.

Existem cristãos que desconsideram o plano espiritual, e acham que agindo assim estão escapando de sua responsabilidade nesta batalha, porém os outros personagens lutam fortemente para estabelecer seus domínios.

A igreja de Jesus Cristo é viva e deve estar ativa para guerrear contra as astutas ciladas do inimigo, que opera nas regiões celestiais. “Pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas, sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da maldade nas regiões celestiais”. (Efésios 6.12)

· Hierarquia do inferno: Vários grupos organizados comandados por satanás. Assim como os príncipes, primeiros-ministros e presidentes de nações, os principados exercem autoridade sobre outros grupos de demônios que, por sua vez, comandam outros hierarquicamente inferiores.

· As potestades representam outro nível na hierarquia, inferior ao dos principados, mas também muito poderoso, que comanda milhares de demônios.

· Os príncipes das trevas são os demônios que comandam outros que agem em áreas específicas. Enquanto os principados e potestades trabalham exclusivamente no mundo espiritual, para que o homem não veja a glória de Deus, não reconheça Jesus, os príncipes das trevas atuam diretamente contra o Reino de Deus e a Igreja.

· As hostes espirituais da maldade são formadas por tropas, exércitos de demônios, que estão prontos para atacar a qualquer hora e em qualquer lugar onde a batalha for mais renhida. Essas entidades malignas são enviadas a todo instante contra pessoas, grupos ou nações. Exercem autoridade também sobre os homens perdidos e sobre aqueles que rejeitam Jesus.

reino das trevas é tão organizado que não há divisão. Os demônios trabalham unidos. O próprio Jesus reconheceu isso em Mateus 12.25,26. Satanás é o príncipe deste século, e o mundo jaz no maligno.

Conhecemos bem o texto acima mas poucos entendem que estão envolvidos com uma luta que só pode ser vencida nas REGIÕES CELESTIAIS. É através da oração que comunicamo-nos e guerreamos no mundo espiritual. Falamos com Deus, pedimos perdão, ANULAMOS A LEGALIDADE e repreendemos satanás em nome de Jesus.

Ao estudarmos a Bíblia usando o original grego, encontramos a palavra oração descrita por duas palavras diferentes.

· Proseuche – Significa conversar (prosear) com Deus

· Deesis – significa implorar, suplicar ao Senhor.

Os três focos da oração:

1º Motivo – Deus no centro das orações: Centramos Deus em nossas orações quando elas são dirigidas diretamente a Ele. Visando sua pessoa, seu poder e sua presença. Neste caso oramos para prestar-lhe gratidão, louvor e adoração.

2º Motivo – Nós no centro das orações: Neste tipo de oração centramos nossas necessidades pessoais, apresentando a Deus toda a nossa aflição e circunstância. Neste caso, fazemos orações de petições e orações de consagração.

3º Motivo – Os outros no centro das orações: Nesta oração tomamos o papel de sacerdote, levando a Deus a necessidade de outras pessoas. É a chamada oração de intercessão.

Tipos de oração:

· Oração de arrependimento:

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2ªCr 7.14)

O pecado afasta espiritualmente o homem de Deus. O cristão que mantém uma vida de pecados e não confessa ao Senhor com arrependimento, não pode ser “espiritual”, pois, está morto espiritualmente pelo pecado. Este crente não poderá manter uma vida de oração, pois, o vínculo espiritual com Deus estará cortado (aguardando arrependimento). Quando nos arrependemos, mostramos a Deus que reconhecemos o que fizemos e ao mesmo tempo estamos tristes pela situação que ocorre ou ocorreu conosco.

No Salmo 51 Davi ora a Deus uma oração de arrependimento. Ele tinha errado feito diante de Deus, cometeu adultério e posteriormente assassinato, duas coisas, dentre muitas, que Deus abomina.

Mas o importante neste salmo é que Davi não só reconheceu seu erro, mas, também a necessidade de ser perdoado, liberto e curado. (vs7). Quando nos arrependemos e pedimos perdão, somos então ouvidos por Deus. “Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que fizer neste lugar” (2 Cr 7.15).

· Oração de súplicas:

A oração de súplicas é muito especial diante de Deus. Geralmente quem as faz tem o coração quebrantado pelo próprio Deus. A súplica salta as esferas do raciocínio e das convenções humanas. Quando entramos neste estado, temos a tendência de nos entregar totalmente a Deus. Todo empecilho, toda impossibilidade, passa a ficar pequena neste momento e isto move o coração do Pai.

“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; e um coração quebrantado e contrito não desprezarás ó Deus”. (Sl 17)

Deus sempre responde um coração em súplica, quebrantado, assumido das suas necessidades. Este tipo de oração faz Deus “mudar” de veredicto com relação a ordem que Ele mesmo deu. (2 Rs 20:1-11).

Nesta passagem vemos Deus avisando ao rei Ezequias, que ele morreria, mas, após a súplica deste rei a Deus, vemos como a oração dele moveu o coração de nosso Senhor.

“Volta e dize a Ezequias, capitão do meu povo: Assim diz o SENHOR, o Deus de Davi teu pai: Ouvi tua oração, e vi tuas lágrimas; eis que eu te sararei, ao terceiro dia subirás à casa do Senhor” (2Rs 20.5).

A súplica move o coração de Deus porque ela vem da nossa alma, do nosso coração. Não escondemos nada de Deus, e Ele com o seu olhar profundo enxerga nossa petição sincera e honesta.

“A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. (Tg 5.16b)

· Oração detalhada:

“Ó Senhor dos exércitos! Se deveras atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas, lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e pela sua cabeça não passará navalha”. (1 Sm 1:11)

Ana orou a Deus, pois, desejava ser mãe, porém ela não pediu qualquer filho a Deus. Observe que além de pedir lago que aparentemente era impossível, ela ainda detalhou o seu pedido: “Eu quero um filho homem”. Ana definiu para Deus o que ela esperava. É claro que sabemos que a vontade de Deus deverá ser sempre prioridade, porém, Deus também quer ouvir de nós o que exatamente queremos.

Entenda que Deus quer saber exatamente o tipo de petição queremos fazer.

· Oração intercessória:

“Busquei ente eles UM HOMEM que TAPASSE o muro e se COLOCASSE NA BRECHA perante mim A FAVOR DESTA TERRA, para que eu não a destruísse, mas, a ninguém achei.” (Ez 22:30)

Interceder nada mais é do que se interpor, colocar-se entre uma pessoa ou situação e Deus.

Em toda a Bíblia temos vários exemplos de intercessão:

· Abraão intercede por Ló em Sodoma (Gn 23:23-33)

· Moisés intercede pelo povo no deserto (Ex 33:12-17)

· Esdras intercede pelos exilados que voltaram a Israel (Ed 9:1-15)

· Daniel intercede por Israel e os acontecimentos futuros (Dn 9:1-19)

· Jesus intercede por todos os seus discípulos (Jo 17:1-26)

· Jesus intercede por Pedro (Lucas 22:31-32)

Interceder é ir até Deus não por causa de si mesmo, mas, por causa dos outros. O intercessor se coloca no lugar do sacerdote, entre Deus e o homem, lutando pela sua causa.

· “E vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6:18b)

· “Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas” (Fp 1-4)

· “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5:16)

A igreja tem que ter por marca a intercessão. Sem intercessão somos cristãos fracos, abatidos e sem intimidade com Deus. Temos que interceder pelo nosso País, Estado, família, igreja, pastores, ministérios, para que tudo vá bem à nossa volta.




· Oração de Guerra:

“...então ordenou-lhe Jesus: Vai-te satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás. Então o diabo o deixou, e eis que vieram os anjos e O serviam” (Mt 4:10-11)

Infelizmente muitos cristãos não sabem sua real posição no mundo espiritual e por isso se tornam fracos, sem autoridade, e se amedrontam facilmente diante dos ataques do inimigo. Estes amplificam o poder de satanás e seus demônios, tornando-os em seus pensamentos mais poderosos do que realmente são..

Algumas falhas são características destes cristãos desinformados de suas reais posições, são elas:

· Ao passar por um “despacho”, tem medo de repreender e anular em oração aquela feitiçaria

· As vezes cometem até o gravíssimo erro de pronunciar a frase: “Sangue de Jesus tem poder”

· Não evangelizam espíritas, pais de santo, ou macumbeiros com medo da retaliação

· Sofrem ataques espirituais Durant o sono ou durante a madrugada e não sabem repreender o mal

Para isso é necessário entendermos que muitas vezes nossa oração dever ser “dirigida a satanás”. O diabo é um ser, uma criatura. Assim como os anjos estão ao nosso redor e não os podemos ver, os demônios também estão ao nosso derredor (e em alguns casos ao redor) e podem ouvir o que falamos.

O Senhor Jesus repreendeu diretamente satanás quando estava sendo tentado no deserto, e graças a este fato, satanás se retirou e os anjos passaram a servir-Lhe. Da mesma forma quando Pedro estava oprimido pelo diabo, Jesus falou diretamente com o demônio. A oração de guerra consiste em declararmos ao inferno a sua derrota e mostrarmos ao inimigo que estamos conscientes de nossa posição e nossos direitos em Cristo Jesus.

É importante saber que apesar da nossa autoridade, não é nada aconselhável afrontarmos o diabo se estivermos vivendo uma vida de pecado e desobediência. O pecado gera LEGALIDADE (direito legal) para o demônio não atender nossa ordem e até nos retaliar.

Portanto, devemos aprender a viver uma vida de real santificação e arrependimento, e assim poderemos ser uma verdadeira bomba atômica contra o inferno e seus demônios.





(Apostila de Estudos Ministério Apostólico Atos)

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